SLP22

GEOLINGÜÍSTICA: ELABORAÇÃO DE ATLAS LINGÜÍSTICOS E INVESTIGAÇÃO DE PRÁTICAS DISCURSIVAS

 

Coordenadora
Irenilde Pereira da Silva (USP/UNICSUL)
Vice-coordenadora
Adriana Cristina Cristianini (UNIBAN/USP)

Resumo
Em geral, a elaboração dos atlas lingüísticos e demais estudos geolingüísticos começa pelo levantamento dos indicadores sociais e pelo mapeamento histórico-geográfico de uma determinada área. Essa primeira etapa fornece elementos para a seleção dos pontos. Em seguida, selecionam-se os sujeitos/informantes de acordo com variáveis sociais, como, gênero, faixa etária e escolaridade. A coleta de dados, próxima fase da pesquisa, consiste na aplicação de questionário em entrevista in loco. Após a transcrição dos dados, procede-se ao tratamento quantitativo dos itens relativos às respostas ao questionário. Desse procedimento resultam listas, tabelas e cartas, que espelham a freqüência e a distribuição de um dado lingüístico numa determinada comunidade lingüística.
Descrita dessa forma, a pesquisa geolingüística parece resultar apenas na aplicação de questionários e na elaboração de cartas, nas quais se mostram a freqüência e a distribuição de fenômenos lingüísticos numa determinada área. Na verdade, o saber/fazer geolingüístico está calcado em práticas discursivas. Os dados lingüísticos que constam dos atlas lingüísticos e estudos geolingüísticos se inserem nessas práticas, expressando, então, os sentimentos, crenças e valores de uma dada sociedade situada num determinado espaço e numa época específica. Com base nessas considerações, o simpósio – Geolingüística: elaboração de atlas lingüísticos e investigação de práticas discursivas – propõe-se a enfocar tanto os atlas lingüísticos e estudos geolingüísticos, como as  práticas discursivas subjacentes ao saber/fazer geolingüístico.

GEOLINGÜÍSTICA E PRÁTICAS DISCURSIVAS: O LÉXICO PAULISTANO
Irenilde Pereira dos Santos (USP/UNICSUL)

ATLAS SEMÂNTICO-LEXICAL DA REGIÃO DO GRANDE ABC – UM ESTUDO GEOLINGÜÍSTICO
Adriana Cristina Cristianini (UNIBAN/USP)

COMO FALA O NORDESTINO: A VARIAÇÃO FÔNICA NOS DADOS DO PROJETO ATLAS LINGÜÍSTICO DO BRASIL
Jacyra Andrade Mota (UFBa/CNPq)

PERCURSO TEÓRICO-METODOLÓGICO DE UMA PESQUISA GEOLINGÜÍSTICA
Lígia Maria Campos Imaguire (Colégio Santa Cruz)

AS MANIFESTAÇÕES LINGÜÍSTICAS E A REALIDADE HISTÓRICA E SÓCIO-CULTURAL DE UM POVO: FATOS INDISSOCIÁVEIS REGISTRADOS PELA GEOLINGÜÍSTICA
Márcia Regina Teixeira da Encarnação (USP)

ATLAS LINGÜÍSTICO  O AMAZONAS - ALAM: A NATUREZA  E SUA ELABORAÇÃO
Maria Luiza de Carvalho Cruz (UFAM)

SELEÇÃO E USO DOS LEXEMAS NA PERSPECTIVA DA GEOLINGÜÍSTICA
Roseli da Silveira (USP)

TACURU, BATEIA E PEJADA: ESTUDO SEMÂNTICO-LEXICAL NO DISTRITO DE NOSSA SENHORA DA GUIA
Sandra Regina Franciscatto Bertoldo (CESUR/USP)

CAMINHOS DOS PRONOMES PESSOAIS NO PORTUGUÊS BRASILEIRO: CONSIDERAÇÕES A PARTIR DE DADOS DO PROJETO ALIB
Suzana Alice Marcelino Cardoso (UFBa)