Um dos maiores e mais importantes eventos científicos mundiais sobre a língua portuguesa. Assim pode ser definido o SIMELP. Grande em número (na última edição, em 2017, foram cerca de 1.700 participantes), em abrangência (estudiosos de diferentes países dos cinco continentes se reúnem a cada edição) e, acima de tudo, em amplitude temática (engloba as áreas da língua, linguística, literatura e cultura, divididas em cerca de 80 eixos temáticos), o SIMELP chega à sua 7ª edição em 2019, tendo colecionado conquistas, avanços, difundido conhecimento e fomentado debates e discussões. Inclusão é sua palavra-chave e é assim que sua tradição foi construída: baseada na troca entre pesquisadores, estudantes e profissionais das mais diversas áreas, unidos por ela: a nossa língua portuguesa.
Sua primeira edição, em 2008, foi organizada com a parceria de universidades do mundo todo em que se ensina a língua portuguesa e suas variadas formas de difusão cultural, tais como músicas, língua, linguística e literaturas. Sua sede administrativa, nessa edição, esteve instalada na Universidade de São Paulo e teve à sua frente uma coordenação composta por professores dessa mesma universidade, da Universidade de Évora e da Universidade Cruzeiro do Sul.
Além da presença de universidades em que se ensina, estuda e pesquisa o português de várias partes do mundo, estiveram representadas também várias associações ligadas à língua portuguesa, dentre as quais citam-se, a título de ilustração, a Associação Internacional de Língua Portuguesa, o Grupo de Estudos Linguísticos do Estado de São Paulo, o Museu da Língua Portuguesa e a Associação de Leitura do Brasil. Como se repetiria nas edições posteriores, o evento contou com conferências, apresentações de pôsteres, simpósios e mesas-redondas. O tema principal dessa primeira edição – “Língua Portuguesa no Mundo” –, focado por diferentes prismas, já anunciava o caráter democrático do evento que se manteria forte e em constante crescimento, mais de dez anos após seu início.
No ano seguinte, em sua segunda edição, o evento realizou-se na Universidade de Évora, em Portugal, e o tema principal manteve-se fiel ao caráter original do congresso: “Língua Portuguesa: ultrapassar fronteiras, juntar culturas”. A amplitude do evento foi corroborada pela escolha da sede de sua terceira edição, em 2011: a Universidade de Macau, sob o tema “A formação de novas gerações de falantes de português no mundo”. Dois anos depois, o evento retornava ao Brasil e, sediado pela Universidade de Goiás, tinha “Diálogo” como a palavra-chave dessa quarta edição. Em 2015, o frequente tema da difusão da língua portuguesa não só como língua materna, mas também como língua estrangeira, como língua segunda e como língua de herança, levou o evento a um país onde ela não é a oficial: a quinta edição do SIMELP ocorreu na Università del Salento, na Itália, e teve “De Volta ao Futuro” como temática principal, pretendendo significar um avanço no movimento dialético entre passado e futuro da língua portuguesa, na sua diacronia e na sua sincronia. Já em sua última edição, em 2017, de volta a Portugal, dessa vez, no Instituto Politécnico de Santarém, a união, agregação e conciliação – características sempre marcantes do congresso – foram novamente focadas através do tema genérico proposto pelo evento: “A união na Diversidade”. A união de culturas em torno de uma língua foi enfatizada, bem como a riqueza patrimonial e identitária proporcionada pelos diferentes matizes culturais envolvidos pela e na língua portuguesa.
Em 2019, o Brasil sedia novamente, com muita honra, o SIMELP. Nesta sua sétima edição, estamos certos de que tudo o que melhor define esse congresso estará, mais uma vez, presente: o grande número de participantes, estudantes, professores e profissionais vindos de diversas partes do mundo, dezenas de diferentes eixos temáticos propostos, a união em torno da nossa língua portuguesa e o alto nível de conhecimento gerado.
Os nomes por trás do SIMELP são imponentes – como as idealizadoras e membros da presidência permanente, Profa. Dra. Maria Célia Lima-Hernandes e Profa. Dra. Maria João Marçalo, entre outros renomados professores doutores de universidades de várias partes do mundo. Mas o congresso parece já ter criado vida própria: vibra, respira a língua portuguesa e, acima de tudo, encanta.
Aos que já são participantes assíduos: como é bom tê-los de volta! Aos participantes novos: sejam bem-vindos! Sintam-se em casa: somos muitos, somos diversos, mas permanecemos unidos. E que melhor forma de união há do que aquela que se faz pela língua?